quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

um mafioso toxicodependente, apesar de tudo.

E hoje, todos os jornais, com mais ou menos destaque, falam do jantar de Passos Coelho com Angela Merkel, mais logo em Berlim. 
Garantem de caminho que ambos estão em sintonia quanto à solução para resgatar a União Europeia e a moeda única. O que é, convenhamos e antes de tudo o mais, uma óptima notícia e um excelente sinal. Este, de a chanceler alemã estar em sintonia com o primeiro ministro português, quanto ao futuro da Europa. Se Lisboa e Berlim estão de acordo talvez que a Europa não se desintegre, apesar de tudo.
Depois temos esta outra notícia, que desce de Washington e da sede do Fundo Monetário Internacional. A protagonista é a actual directora, Cristine Lagarde. E diz que o FMI quer alimentar, em quase 393 mil milhões de euros, capacidade para ceder empréstimos , estando, nesse sentido, angariando recursos para injectar uma grande quantidade de dinheiro na zona Euro e acabar com as tensões no mercado de dívida.
Continua o DN contando que a instituição (o FMI) está a pressionar os países emergentes para que sejam os principais contribuidores...
Pois sim, sei que já o invoquei aqui noutra ocasião, e volto a fazê-lo, porque me parece que vem mesmo a propósito. Falo do filme de Emir Kusturika, o "Gato Preto, Gato Branco",  onde um dos protagonistas, a certa altura, profere esta frase lapidar: "...aquilo que não se consegue resolver com dinheiro, resolve-se com muito dinheiro." A personagem em causa, se bem se lembram e viram o filme, é um mafioso toxicodependente. Uma personagem que acaba por nos ser simpática, no contexto da fita, mas um mafioso toxicodependente, apesar de tudo.

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