sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

comendas p'lo stº António?!

Agora é definitivo. O governo vai acabar com dois feriados nacionais.
Foi ontem oficialmente comunicado ao país, pelo Ministro da Economia e do Emprego, no final da reunião do Conselho de Ministros...  O 5 de Outubro e o 1º de Dezembro. 
Falta saber quais os dois feriados religiosos, que a Igreja Católica Portuguesa aceita eliminar, para que se complete o total de 4 dias feriados a abater. O governo diz que para isso há-de reunir também com os parceiros sociais. Mesmo os laicos?...
Mas, tudo indica, como aliás já se diz e fala há algum tempo.. tudo leva a crer que sejam o 15 de Agosto e o 8 de Dezembro... Dias consagradas a duas Nossas Senhoras... 
Quanto ao 5 de Outubro - dia da Implantação da República e o 1º de Dezembro, da Restauração da Independência... diz o jornal, fazendo eco das vozes mais críticas, que nem Salazar teve a coragem de mexer nestes dois feriados, que simbolizam um pouco da identidade nacional. 
O ministro Álvaro Pereira, para cortar cerce esta questão, disse ontem que não faria sentido acabar com o 25 de Abril, ou o 1º de Maio, ou mesmo o 10 de Junho. E que, tirando esses, não via mais nenhuns... Enfim, no caso do 10 de Junho, tínhamos ainda o problema das medalhas e das comendas. Dá-las p'lo Stº António não teria o mesmo impacto.
Aliás, em relação ao 10 de Junho, o ministro prometeu que as próximas celebrações serão alargadas e mais nacionais ainda do que é costume – citando – uma festa nacional mais alargada. Quiçá para compensar a extinção do feriado do 1º de Dezembro... Diz o jornal que o Governo  não dá assim tanta importância à eliminação destes feriados, tendo em conta  o significado simbólico que eles representam. Porque mais importante é reforçar a produção. Aumentar a produtividade nacional.
Aqui, há vozes críticas que lembram os países onde há mais feriados do que em Portugal e que, nem por isso, são menos competitivos... 
Pois, porque, se calhar, o que importa nem é tanto as horas que se trabalha, mas o que se faz, o que realmente se produz durante esse tempo.
Que é como quem diz... não basta picar o ponto, às 9 em ponto, pontualmente, todos os dias e até ao sábado, se depois se deixar a gente ficar, por ali, flanando, a fingir que sim, a enrolar, a mexer em papelinhos como quem faz de conta, mas em verdade... a fazer  horas. Não horas extraordinárias, mas a fazer horas para essa hora extraordinária. A hora de voltar a picar o ponto e  ir embora. 
E sejamos honestos... Com esta abolição de feriados, o mais certo é que, nos primeiros tempos, esses novos dias de trabalho rendam tanto, mas tanto, tanto, tanto... que, se o país não sair rapidamente da crise, é só mesmo por pirraça e má vontade.

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