quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

o amigo não está semi tonado, está é desafinado.

Parece que não restam dúvidas, que o consumo de tabaco é prejudicial para a saúde ...  sempre... mesmo que o fumador viva 90 anos, a saúde ressente-se sempre e se não fumasse , talvez não vivesse até aos 150, mas viveria decerto com melhor qualidade de vida.
Bom, mas este nariz de cera serve só para vos dar conta desta noticia do Diário de Notícias - especialistas querem proibição de fumar dentro dos automóveis. em sub título explica-se que é para proteger as crianças e pela segurança rodoviária. E que por isso Portugal deve seguir o exemplo de outros países e proibir o tabaco nos automóveis. 
No caso do automobilista não ter crianças , sobra a segurança rodoviária. 
Sendo que aqui fica por saber o que será mais perigoso... Fumar ao volante, ou falar ao telemóvel, ao mesmo tempo que se engata uma terceira para ultrapassar o camião que vai à frente?...
E avançamos um par de páginas até este outro assunto que merece chamada de capa no DN, ou seja, do estatuto de excepção garantido ao Banco de Portugal, na questão dos cortes em subsídios e ordenados.
Os jornais de hoje dizem que os deputados reconhecem  a incapacidade de impor cortes ao banco central...  O DN acrescenta entretanto        que o próprio banco se escuda com esse estatuto de independência que o poupa a este esforço nacional de contenção, mas que acrescenta também que espera pareceres jurídicos para sustentar a decisão que vier a tomar sobre os pensionistas... 
Carlos Costa, presidente do Banco de Portugal, afirma que a administração prescindiu dos subsídios e que se farão cortes equivalentes nos outros subsídios e prémios para o pessoal...
Entretanto, para enquadrar legalmente a coisa, o jornal transcreve o parágrafo onde se ratifica este estatuto de excepção do banco centralO Banco de Portugal, como a CMVM, são pessoas colectivas de direito público dotadas de autonomia administrativa e financeira e de património próprio. Mesmo assim, a CMVM vai fazer cortes nos subsídios do pessoal e o Banco de Portugal não parece que o tencione fazer, por enquanto.
E agora Passos Coelho!
Diz Diário de Notícias que Passos Coelho disse ontem que não há excepções no Estado, mas que pôs de fora o Banco de Portugal. Sublinha o jornal que Coelho deu o exemplo da Caixa Geral de Depósitos, mas o Banco de Portugal é diferente, já que decorre da própria lei e que, para além do mais, o banco de Portugal tem filiação no Banco Central Europeu.
Enfim , todos os argumentos serão válidos e sustentados por razões que, se calhar, até a própria razão desconhece... 
Agora, temos aqui uma afirmação que, sem grande esforço, cai pela base , com um sopro. Esta, que, segundo Passos Coelho, não há excepções no Estado Português.   
Porque não é verdade. Há esta excepção – o Banco de Portugal. E em português, o que não é verdade, é mentira . Ou, refazendo a frase e com vénia ao maestro Vitorino de Almeida... Como ele costumava dizer: o amigo não está semi tonado, está é desafinado mesmo.

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