segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

eu quando era puto era fã do Anhuca

Partamos deste princípio... a cada 2 mil anos, um objecto de grande dimensão choca com a Terra. A cada 2 mil anos...   Diz o Diário de Notícias que poderá ter o tamanho de um campo de futebol, esse tal objecto espacial que, a cada dois mil anos, se precipita sobre a superfície terrestre, provocando danos consideráveis – como é fácil de prever – no local do impacto... acrescenta-se ainda, para o cenário se tornar ainda mais assustador, que no espaço de alguns milhões de anos,  um asteroide com um perímetro de alguns quilómetros choca com a Terra, provocando, nesse caso, efeitos incalculáveis a nível global..
Mas vamos ao assunto... e o que se passa é que por tudo o que ficou dito, a Europa, mais concretamente, a União Europeia quer criar um escudo contra asteroides... Conta o Diário de Notícias que um consórcio internacional com sede na Alemanha quer criar tecnologia para proteger a Terra de possíveis embates com asteroides e cometas de grande dimensãoJá percebemos que  embates desses ocorrem numa margem de tempo que se fixa em milhares, ou mesmo milhões de anos... não diz o jornal quando foi o último de que há memória e registo...  não diz também para quando se espera o próximo... diz só que a União Europeia quer um escudo contra asteroides...
Também não diz, quanto mais não fosse , porque nem vinha a propósito, o que a União Europeia está realmente a fazer para se proteger de outros embates, quase tão violentos para a vida dos cidadãos como levar com um asteroide do tamanho de um campo de futebol  no quintal das traseiras...
Estou em crer que não será preciso dizer de que tipo de embates e choques telúricos estamos a falar...
Diz que a cada 2 mil anos.. e que na pior das hipóteses , num espaço de alguns milhões de anos, um corpo celeste do tamanho de um pequeno apocalipse pode cair-nos em cima.
E se fosse hoje?..

E hoje o jornal Público é o único a puxar para a capa, dando-lhe mesmo destaque de meia página, a nomeação de Vasco Graça Moura para a presidência do Centro Cultural de Belém.
Vai substituir António Mega Ferreira e o jornal sublinha que, em comum, os dois têm o facto de serem trabalhadores, melómanos e escritores... Convenhamos que a capacidade de trabalho pode ser muito bem vinda, já o resto, o ser-se melómano e escritor, talvez ajude, mas não chega para qualificar seja quem for para dirigir uma coisa como um Centro Cultural.. mas adiante.. 
Citemos para já Graça Moura, que considera que a situação no CCB é pelo menos equilibrada...   e citemos também o jornal, que escreve que a Secretaria de Estado da Cultura, terça feira passada, tinha dito a Mega Ferreira que o mandato à frente do CCB era para renovar e dois dias depois ter-lhe-á dito, que afinal não e que por isso mesmo Graça Moura terá ficado surpreendido e pedido tempo para pensar , quando foi informado do convite para dirigir o CCB... 
Isto, quinta feira passada... hoje, ao que parece , Graça Moura já pensou tudo o que tinha a pensar e esta manhã reúne-se com Mega Ferreira para receber a pasta... digamos assim...
E chegamos a esta frase, que o jornal Público escolheu e sublinhou e puxou mesmo para título de primeira página... e a frase transcreve uma declaração do novo presidente do CCB – Vasco Graça Moura.. vamos ouvir?... 
Vasco Graça Moura: "Tenho de partir para as coisas com uma grande humildade."
Fica por saber-se, se a escolha desta frase para lançar o assunto trará – aquilo a que se chama – água no bico... mas, a verdade é que –ouvido assim – um depoimento destes: tenho de partir para as coisas com uma grande humildade... remete-nos logo para outra coisa, que de humilde terá relativamente pouco.. digo eu.. remete-nos para aquilo a que o povo – cruelmente - chama de falsa modéstia.
Partir para as coisas com grande humildade é sempre de boa política. Seja para a presidência do CCB, ou dos Bombeiros Voluntários, ou para coisas tão mais comezinhas, como  seja  a nossa vidinha do dia a dia e em geral...
Sendo que essa , a ser uma qualidade – a humildade – haverá que ser reconhecida por outrem, que nunca o próprio. 
E mesmo assim, de preferência só depois de se ver a obra feita.

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