sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

antes vaca barrosã, que boi do yorkshire

E já desde os tempos do partido único em Portugal, que eles são conhecidos. Na altura chamavam-se-lhes sobrinhos e afilhados... Gente que singrava na vida profissional protegida e amparada por outros, colocados em posição de maior poder e influência...
Entretanto, num esforço de um certo cosmopolitismo basbaque, começou a chamar-se , a esta classe profissional – os rapazesa rapaziada (em linguagem ainda mais descontraída...) E resumiu-se o conceito nesta frase feita: No Jobs for the Boys.
A coisa banalizou-se entretanto e hoje, ainda inspirados por esse cosmopolitismo basbaque , os boys entraram na linguagem comum, quando se quer denunciar um certo tráfico de influências, ou o que, em linguagem mais chã se chama – o Universo das Cunhas.
Mas isto, se a linguagem, como alguém já disse – é uma fonte de mal entendidos... ela é às vezes também  uma armadilha quase faceta.
Atentemos neste título, que o Diário de Notícias hoje puxa para a primeira página. A matéria e o protagonista nem serão o mais importante, neste caso, mas antes este título... LM – deixem que o identifique assim , porque para o que importa, o que menos importa ainda é saber quem o disse... portanto... LM, ao DN, e apropósito de ter sido nomeado para um cargo, que levanta sempre alguma polémica...  garante que não é um boy. Citando o próprio e na primeira pessoa, o jornal escreve, em forma de pergunta admirada: Boy, eu?...
E era isto. 
Enfim, era isto que tinha para vos dizer, a propósito das armadilhas da linguagem. 
Ainda mais se a nossa pronúncia e jeito para línguas estrangeiras não for dos melhores...

Sem comentários:

Enviar um comentário