sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

só por pirraça

É mesmo a notícia de abertura da edição do Público, de hoje. Vasco Graça Moura dá ordem a serviços do CCB para não aplicarem Acordo Ortográfico.
Em sub-título acrescenta-se e recorda-se que o Novo Acordo Ortográfico já vigorava no CCB durante o consulado de Antº Mega Ferreira... E o jornal dá tanta importância a este assunto, que não só lhe dá o destaque de manchete, que nos remete para a entrevista que vem lá dentro, como o repesca para a página de fecho, para aquela coluna do sobe e desce diário. 
Aqui, na última página do Público, Graça Moura é dos que está em alta.. por causa do que já sabemos.. por ter recusado o novo acordo ortográfico na prosa escrita oficial do CCB. Vamos ler o que acha o jornal sobre isto.
No meio do marasmo dos que se dizem adversários do acordo ortográfico, mas continuam a aplicá-lo no dia a dia - não há outro remédio - a posição de Vasco Graça Moura, que sempre se opôs ao acordo com fundamento, é digna de aplauso. No CCB onde já se aplicava o acordo, deu ordens para voltar atrás. Se outros tivessem a sua coerência, tudo seria bem diferente em Portugal.
Bom decerto que sim, para o melhor e para o pior e vale tanto para o novo acordo, como para os aumentos de impostos e cortes em direitos e salários e outras coisas de primeira necessidade... Aliás, se todos mantivessem alguma coerência em geral em relação a tudo em particular, decerto que alguma coisa seria diferente em Portugal, se não tudo, pelo menos alguma coisa..
Quanto a esta desobediência civil de Graça Moura.. estou em crer que Vasco Graça Moura pode muito bem adoptar a ortografia que bem quiser nos textos que escreve e publica em nome próprio enquanto  pensador, poeta, escritor, crítico, ou o que seja.. já enquanto presidente do CCB e se de documentos oficiais se trata... se calhar é justamente nessa situação e circunstância que Graça Moura deveria guardar para si a opinião que tem sobre o novo acordo e limitar-se a respeitá-lo.. 
Eventualmente e para marcar bem a diferença até poderia começar a escrever os seus sonetos em galaico português... Mas oficialmente a conversa é outra e oficialmente a opinião de cada um não risca nada... 
Claro que por exemplo, na declaração de rendimentos, ou outro documento oficial em que Graça Moura não seja identificado como presidente do CCB, mas como cidadão comum.. bom aí até poderá escrever em latim, só por pirraça.

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