segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sieg heil!

 Merece chamada de capa na edição do Público desta segunda feira e traz Diogo Feio, eurodeputado centrista à colação.
A entrevista, o jornal justifica-a com o lançamento do livro de Diogo Feio – "o Poder das Agências"Em entrada de texto, lá onde a entrevista depois se desenvolve, lemos que, para Diogo Feio, cada greve feita acaba por ser uma mancha na imagem do País. Claro que os motivos que levam a essas greves não serão decerto e também coisa de que o País se possa orgulhar por aí além.. mas continua. E continua dizendo que – citemos – mais do que assinar cartas, os portugueses – oposição e sindicatos incluídos (ainda bem que o eurodeputado o ressalva tão expressamente...) oposição e sindicatos incluídos, portanto – devem ajudar o Governo a afastar-se dos modelos de laxismo.  e já agora, se me permitirem,  de corrupção e compadrios vários e avulsos e algumas pequenas mentiras piedosas também...
Mas vamos à frase, que o jornal escolheu para a chamada de capa... esta: Por causa da situação em que se encontra, Portugal tem que ser mais alemão que os alemãesNão se chega a perceber, só por aqui, se é o Portugal que governa, se o Portugal que é governado que deve – no entender de Diogo Feio – ser mais alemão que os alemães... Na primeira hipóteses, falta saber se a chanceler alemã acharia essa uma ideia particularmente interessante... já quanto ao Portugal que é governado, talvez não fosse má ideia.. ter o nível de vida que os alemães têm actualmente, apesar de todas as crises...
Mas isto de mínimos olímpicos, já percebemos que, tirando os próprios Jogos Olímpicos, Portugal quer mesmo ir mais longe, mais alto e ser mais forte, do que  os mínimos exigem e impõem. Atente-se no caso do memorando de entendimento, onde  o actual governo orgulhosamente reivindica ter ido mais longe do que era exigido   e agora temos Diogo Feio, imbuído do mesmo espírito, afirmando que Portugal deve ser mais alemão que a própria Alemanha...
E aqui chegados, pergunto-me eu... porque diabo estamos aqui a perder tempo com esta conversa? Pela bizarria da coisa, em si?... E se Diogo Feio tivesse dito que Portugal devia ser mais tuaregue que os tuaregues?... Bom, então aí, talvez valesse a pena ler a entrevista toda...

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