quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ora bem... emigrar não é?

Ora bem... emigrar não é? Enfim, é uma hipótese. Aliás sempre foi, mesmo sem ser preciso que alguém mais informado nos viesse explicar isso, ou indicar a porta da saída... 
Pois hoje, o jornal Público traz um exemplo de emigração talvez não tão bem sucedida quanto isso. O caso vem de Bruxelas, a capital europeia da comunidade e , apesar de ter acontecido já em Novembro, só agora se lhe conhecem os pormenores. 
António Nunes Coelho, 49 anos, trabalhava na Bélgica há 12 anos, legalmente. Há dois anos foi despedido e para aguentar o barco e as contas acabou por aceitar um – como se diz – biscate – numas obras.. Aqui, de forma ilegal...ou seja, sem contracto de trabalho.. só mesmo enquanto a vida não se recompunha. Diz o jornal que, nessa manhã de Novembro, saíu bem cedo de casa e foi trabalhar. Estava em cima de um andaime quando um ataque cardíaco o deitou por terra. Gerou-se o pânico no estaleiro das obras. O encarregado resolveu então, com a ajuda de dois homens carregar António Coelho para uma carrinha, onde o transportou durante duas horas, só que em vez de o levar para o hospital , o acabou por abandonar numa rua meio deserta, de um parque de Bruxelas e foi-se embora...
Diz o jornal que tudo coincidiu com um fim de semana prolongado em Bruxelas, o que fez com que o corpo fosse encontrado por um transeunte, não se sabe quanto tempo depois, o que se sabe é que o homem já estava rigorosamente morto.. e segundo a autópsia terá levado entre 15 minutos a uma hora para morrer, ali sozinho e despejado no meio da rua. Foi aberto inquérito, claro está.. tanto que as roupas de trabalho que vestia acabaram por conduzir a polícia até ao estaleiro onde trabalhava.. Diz o jornal que tudo aconteceu em Novembro, mas só agora a imprensa belga divulgou o caso..
E diz também que António Nunes Coelho tinha um processo a correr termos no tribunal por causa de um despedimento abusivo de que se julgava vítima.... O veredicto já foi despachado e deu-lhe razão.. assim sendo, o antigo patrão de António Nunes Coelho haveria de lhe pagar 14 mil euros de indemnização.. Pena que tenha morrido, assim já não recebe o dinheiro nem fica sequer a saber que afinal tinha razão..
e quando um gajo tem razão, caraças, até há quem dê a vida por uma merda dessas. 

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