segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

merdas que não funcionam e a metáfora da "rata cega"

E agora, antes de mais, falemos de  publicidade, de marketing e outras técnicas insidiosas de levar o consumidor a comprar o que precisa e até mesmo o que não lhe faz falta nenhuma, incluindo coisas que não funcionam... 
Então temos aqui um anúncio nos jornais de hoje que diz, entre outras coisas , isto – telemóveis e telefones fazem chamadas grátis para redes móveis e fixas. Grátis? Grátis mesmo? acredite quem quiser.
E sigamos então, neste engano de alma ledo e cego, até à última página do jornal I , de onde destacava esta notícia em fecho de edição... 
Remete-nos para a agitação social na Grécia e é talvez reveladora de um dos pecados capitais da moeda única, ou da economia comunitária europeia...  Em título anuncia-se que Atenas começa a rachar entre a espada da troika e a parede da população... relembram-se os pontos principais do novo pacote de resgate imposto e aprovado este fim de semana e que passa pela extinção de 150 mil postos de trabalho na Função Pública, nos próximos 3 anos e no corte em 22% do ordenado mínimo nacional grego.. Ou seja, dos actuais 751 euros por mês, para 600 euros... Acontece que em Portugal, nem aos 5oo euros por mês, o ordenado mínimo nacional chega ainda.. E nada prova que as necessidades básicas do cidadão português sejam inferiores às de um cidadão grego,,, e quem diz grego, diz alemão, francês, espanhol, italiano, ou o que seja... Porque a moeda talvez seja única, só que , como na história de Orwell, nalguns países é mais única do que noutros... a moeda é única, a economia, já não tanto.
Ainda na última do I e na coluna do sobe e desce.. temos a chanceler Merkel em queda e , a propósito, o jornal invoca Pablo Picasso. 
Consta que um oficial alemão se terá chocado com a Guernica e ter-se-à mesmo indignado... pois você não tem vergonha de pintar este horror?... ao que Picasso terá respondido - está enganado, o horror foram vocês que o fizeram
Conclui o jornal que, Atenas está a arder por causa da cegueira da chanceler alemã Angela Merkel.

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