segunda-feira, 21 de novembro de 2011

a minha é maior que a tua!

Diz hoje, no "Público", José Jorge Letria: "Há sempre quem se surpreenda quando, falando-se da crise, surgem vozes defendendo a cultura como via para a recuperação económica dos países em risco. Não se trata de ilusão ou de invenção, mas sim de uma visão estratégica com eficácia comprovada e sentido de modernidade, que deve ser levada em conta pelos decisores políticos a nível nacional ou local." E, como exemplo,  cita o caso da cidade de Weimar, que foi capital da cultura na viragem do século 20 para 21 e que valorizou a oferta em termos culturais e turísticos, o que acabou por reafirmá-la também no plano económico, apesar da reduzida expressão demográfica da cidade...  Posto isto e resumindo, José Jorge Letria vem hoje ao "Público" dizer e defender que a Europa tem de apostar na cultura.




Já quanto aos Estados Unidos... aí a coisa fia mais fino. 
E quando se fala em cultura, diz o jornal que  um, em cada dois norte americanos, acredita que é culturalmente superior ao resto do mundo.
Ou seja, segundo um inquérito de um instituto de pesquisa norte americano, divulgado há dias, metade do povo norte americano acredita que a sua cultura é superior às outras... 
O que representa, mesmo assim, um ligeiro decréscimo nesse optimismo – chamemos-lhe assim -  o optimismo norte americano... a auto estima, o amor próprio, ou à pátria... o que seja. Por exemplo, em 2002 a percentagem andava nos 60%... 60% dos norte americanos acreditava na superioridade cultural do seu país. Já este ano, apenas 49% concordaram com a frase: Não somos perfeitos, mas a nossa cultura é superior às outras.
Curioso, em Portugal temos um provérbio semelhante... diz assim: presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Em termos comparativos, nesta breve lista de orgulhos nacionais... temos ainda e por exemplo, a Alemanha, onde 47% dos cidadãos sofre da mesma coisa.. ou seja, acreditar que a sua cultura é superior à dos outros... temos a Espanha, onde essa percentagem se fixa nos 44%... temos também, se bem que mais modestos e comedidos, os ingleses, que só em 32% dos casos acreditam serem culturalmente superiores  aos vizinhos e os franceses, que são ainda mais modestos, ficando-se pelos 27%... e temos finalmente e se não me engano que concordar ,que não seria bem isto a que José Jorge Letria se referia, quando dizia que a Europa tem de apostar na cultura.

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