quarta-feira, 9 de novembro de 2011

falemos antes de extra terrestres

Tenho aqui uma dúvida. Deixem que leia: “Não há democracia sem justiça. Não há justiça sem advogados. Consulte um advogado e fique descansado". Vem, este alerta assinado pela Ordem dos Advogados e em nome de uma reforma na Justiça portuguesa. E vem no jornal "Público", em anúncio de meia página. Digo em anúncio, mas a dúvida que fica é se não deveria dizer antes – publicidade - o que pode ser , em substância, a mesma coisa, mas que pode também ser substancialmente diferente. Ou seja, a publicidade paga-se e , manda a lei, que seja devidamente identificada como tal, nos órgãos de comunicação social, o que, neste caso, não acontece. No canto superior direito, onde habitualmente se escreve a palavra publicidade, aqui, o que aparece é apenas o endereço electrónico da Ordem dos Advogados. De resto e quanto ao conteúdo e ao conselho que ele transmite, parece um pouco inútil. Claro que , em assuntos de justiça e principalmente quando esses assuntos chegam à barra dos tribunais, o melhor é contractar um advogado. E , quando não houver dinheiro para isso, creio que o Ministério Público se encarrega de nomear um...
Mas, falemos antes de extra terrestres.
Ainda no Público ficamos a saber que a Casa Branca não confirma nem desmente, que tenha já contactado com algum , ou que haja provas de que eles já aí andam por entre os humanos , disfarçados, ou até mesmo em forma mais subtil e imperceptível a olho nu.
E esta declaração surge por causa de duas petições que chegaram a Washington,  solicitando que o Governo reconhecesse  formalmente a presença de extraterrestres na Terra, convivendo com a raça humana.. isso e que divulgasse imediatamente todos os dados na posse das autoridades e das comunicações com seres extraterrestres.
A resposta veio em comunicado subscrito pela administração norte-americana e pelo próprio Departamento para a Ciência e Tecnologia e diz assim: "o governo não tem provas da existência de qualquer forma de vida fora do planeta, ou de uma presença extraterrestre ter contactado ou se ter relacionado com a raça humana."  E continua explicando que nem em forma mais ou menos extravagante, se bem que vagamente antropomórfica, ou , mais extravagante ainda, em forma de pequena bactéria. Diz o comunicado que não há informação credível que sugira que qualquer tipo de prova está a ser escondida da opinião pública.
Rematando, o comunicado deixa ficar bem claro que tudo isto não quer dizer que não se esteja à procura de vida para lá da Terra, seja a nível da iniciativa privada, ou a nível oficial, através dos telescópios da Nasa, ou nas viagens interplanetárias, que a agência espacial norte americana vai realizando... mas por enquanto nada. Pelo menos que se saiba... Claro que sobra sempre a hipótese de ter já havido de facto uma espécie de encontro imediato de 3º grau, só que o extraterrestre em causa se deixou ficar tão quietinho que o confundiram com uma pedra.


Pois ,o "Diário de Notícias", em relação ao mesmo assunto e partindo da mesma informação que chega da Casa Branca  , escreve, peremptório e, diria eu, mais papista que o Papa:"que não há vida extraterrestre". O que, para além do abuso de interpretação, é até um pouco falso. Senão vejamos... os astronautas, que andaram passeando pela superfície da lua eram o quê, nessa circunstância, senão extraterrestres?...


E agora, se aterrarmos na página ao lado desta, onde o DN garante que não há vida extraterrestre , lemos que, segundo um inquérito do Banco de Portugal, 60% dos portugueses não sabem o que é o spread, desconhecem o custo dessa taxa , no crédito à habitação... e que, em 90% dos casos, não sabem também o que é a Euribor. Em destaque sublinhado, o DN escreve que, para o governador do banco central, Carlos Costa, "o maior activo que temos é a confiança no sistema bancário".   Neste caso e ao que se pode concluir.. é mesmo de uma confiança cega que se trata...


E avancemos.
Se de contas se fala, vamos ás contas feitas pela APDC – ou seja, a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.
A APDC quer ajudar o Estado a poupar.. e não será pouco – 11 mil milhões de euros em 3 anos.
Diz o jornal que a proposta vai hoje ser apresentada ao secretário de estado adjunto, Carlos Moedas. Não se chega ao pormenor de especificar medida a medida, as que levam a essa poupança , mas diz-se que são seis. 
" Seis medidas de base tecnológica, que podem ajudar o País a realizar as poupanças a que se obriga no prazo de 3 anos imposto pela troika" – é o que se lê, na citação de Pedro Norton, o presidente da Associação.
Diz ainda o jornal, que a APDC representa quase 8% do PIB nacional e que está disponível para aprofundar com o Governo, essas 6 linhas de acção, que se inspiram em experiências semelhantes , como por exemplo, a que foi proposta em Outubro à administração norte americana.
Resumindo : a proposta pretende ajudar a administração pública e o sector empresarial do Estado a poupar 11 mil milhões e a alavancar as receitas.
11 mil milhões. Portanto, menos mil milhões,  do que vai ser preciso, ao que parece , para recapitalizar a banca nacional e evitar que o Estado seja obrigado a nacionalizar mais um banco à beira da falência.

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