terça-feira, 6 de março de 2012

stº antónio já se acabou, o s. pedro está-se a acabar... agora vão lá dizer isso ao s. joão que ele espeta-vos com um alho porro no meio dos olhos até ele miar!


Vem no Público e começa mal. Diz assim – o acesso do público à Fonte Monumental da Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa será restabelecido em Agosto, uma vez concluídos os trabalhos de recuperação das infraestruturas internas e os elementos electro mecânicos que operam os jogos de água da fonte – Da Fonte Luminosa, como era também conhecida antigamente... Pois então, o acesso do público à Fonte Monumental será estabelecido em Agosto... Ora acontece que o acesso do público nunca esteve interdito. A alameda é um espaço público e aberto e a fonte nunca chegou a estar coberta por nenhuma trapo gigantesco durante este tempo todo em que esteve seca e apagadita de todo...  o público sempre pode admirá-la no seu monumental silêncio.. o que se passa portanto é que, depois das obras feitas, talvez a água volte a jorrar em toda a sua majestade e talvez também se volte a iluminar... Lembra o jornal que a fonte está inoperacional desde 2007 e que já tinha sido reparada dois anos antes, em 2005. Quanto a estas obras, elas vão custar um milhão de euros - é pelo menos esse o orçamento anunciado, se bem que, nestas coisas, orçamentos é sempre coisa para derrapar um bocadinho, mesmo sem haver água no chão, que provoque o aquaplanning... Fica entretanto o anúncio e a expectativa de saber se esse milhão de euros vai ou não ser um investimento a recuperar, com uma exploração turística à altura... como acontece, por exemplo, com a Fonte Mágica do MontJuic, em Barcelona...

E vamos às festas. 
Ainda no Público temos que os benefícios gerados pelos arraiais são maiores que os incómodos do ruído... mesmo assim, a Câmara de Lisboa admite fazer alterações aos actuais modelos e horário de licenciamento das festas, sendo que as Juntas de Freguesia já alertaram para o facto de essas receitas geradas beneficiarem as populações mais carenciadas, que ficarão a perder com esta revisão de horários e modelos de funcionamento. 
No entanto, a reclamação surgiu dos próprios munícipes residentes nos bairros populares onde geralmente as festas montam arraial. 
O jornal diz mesmo que , uma hipótese em aberto é mesmo suspender os licenciamentos para este tipo de festas e arraiais... Porque os moradores se queixam do barulho até altas horas e também do lixo que fica nas ruas, depois dos foliões recolherem a casa, ou onde for...
E temos então, que para as Juntas de Freguesia, o problema maior, caso a Câmara resolva mesmo  decretar uma espécie de recolher obrigatório para as festas dos santos populares, ou até mesmo suspender licenciamentos e impedir assim a realização de alguns arraiais ...  o problema maior será a receita que fica por facturar e que iria apoiar a população mais carenciada... Esse é que é o problema.. Já o facto da população residente nos bairros populares de Lisboa se queixar do barulho e do lixo que estas festas provocam – como se isso não fosse a coisa mais natural tendo em conta aquilo de que se está aqui a falar...   isso, a ser revelador de qualquer coisa, não interessa... não interessa sequer de que é que é revelador...

E regresso a Espanha... e ainda imbuído deste espírito cívico e higiénico, dou comigo a pensar na festa do Tomate, "La Tomatina"que se celebra sempre na última quarta feira de Agosto, em Buñol, perto de Valência.
Vão lá falar-lhes em pouco barulho e pouco lixo na rua...

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