terça-feira, 10 de julho de 2012

Oh Malhão, Malhão, e então, afinal, que vida é a tua?


E a licenciatura de Miguel Relvas, na Universidade Lusófona, continua a animar as páginas dos jornais e a opinião pública nacional. 
Hoje o Jornal de Notícias destaca em fecho de edição as declarações do reitor da Lusófona, aliás, do administrador da Lusófona, Manuel Damásio, de sua graça. 
E diz Damásio (que o jornal elegeu hoje como figura do dia) que nenhum processo teve tantos créditos por currículo, como o do ministro Miguel Relvas, mas acrescentou que nem todos os percursos são tão ricos como o do ministro.
Ontem, a Universidade disponibilizou, por meia hora e a todos os jornalistas, a documentação que considerou necessária e suficiente para esclarecer todas as dúvidas à volta da polémica licenciatura. E ficou-se a saber que, no vasto  e diz que rico currículo profissional de Miguel Relvas, consta a passagem por uma associação de folclore local... no caso e entre os anos de 2001 e 2002 Relvas foi presidente da Assembleia Geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários. Muita gente achou esta circunstância, no mínimo, bizarra e todos os jornais a sublinharam com ironia mal disfarçada. 
Ora, sejamos honestos e façamos justiça a quem a merece... Miguel Relvas tem uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais  e, consta que, essa licenciatura se ancorou muito no currículo profissional do ministro, incluindo esta circunstância de ter sido presidente da Assembleia Geral de uma associação folclórica...   e porque é que uma associação de folclore há-de ser menos importante do que uma empresa de consultadoria, por exemplo, ou uma empresa de import export qualquer?!...  Pois não será o folclore de um país uma excelente ferramenta de trabalho, quando se quer alargar as relações internacionais?...   
Já quanto à tarefa em si... se uma pessoa é competente e responsável isso vê-se e dá frutos, seja a dirigir um grupo folclórico, seja a dirigir um país.. que é - se me permitem o pequeno disparate -  de certa forma um enorme rancho folclórico.
Há quem diga que no nosso caso.. e no presente momento.. o nosso país com o que mais se parece mesmo é com um enorme rancho folclórico, dançando o fandango em equilíbrio precário sobre uma rocha descarnada. Essa mesma rocha descarnada, d'onde d. Fuas ia caindo,  não fosse a Virgem lhe deitar a mão, a tempo,  às rédeas do cavalo.

Sem comentários:

Enviar um comentário