E a licenciatura de Miguel Relvas, na Universidade Lusófona, continua a animar as páginas dos jornais e a opinião pública nacional.
Hoje o Jornal de Notícias destaca em fecho de edição as declarações do reitor da Lusófona, aliás, do administrador da Lusófona, Manuel Damásio, de sua graça.
E diz Damásio (que o jornal elegeu hoje como figura do dia) que nenhum processo teve tantos créditos por currículo, como o do ministro Miguel Relvas, mas acrescentou que nem todos os percursos são tão ricos como o do ministro.
Ontem, a Universidade disponibilizou, por meia hora e a todos os jornalistas, a documentação que considerou necessária e suficiente para esclarecer todas as dúvidas à volta da polémica licenciatura. E ficou-se a saber que, no vasto e diz que rico currículo profissional de Miguel Relvas, consta a passagem por uma associação de folclore local... no caso e entre os anos de 2001 e 2002 Relvas foi presidente da Assembleia Geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários. Muita gente achou esta circunstância, no mínimo, bizarra e todos os jornais a sublinharam com ironia mal disfarçada.
Ora, sejamos honestos e façamos justiça a quem a merece... Miguel Relvas tem uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais e, consta que, essa licenciatura se ancorou muito no currículo profissional do ministro, incluindo esta circunstância de ter sido presidente da Assembleia Geral de uma associação folclórica... e porque é que uma associação de folclore há-de ser menos importante do que uma empresa de consultadoria, por exemplo, ou uma empresa de import export qualquer?!... Pois não será o folclore de um país uma excelente ferramenta de trabalho, quando se quer alargar as relações internacionais?...
Já quanto à tarefa em si... se uma pessoa é competente e responsável isso vê-se e dá frutos, seja a dirigir um grupo folclórico, seja a dirigir um país.. que é - se me permitem o pequeno disparate - de certa forma um enorme rancho folclórico.
Há quem diga que no nosso caso.. e no presente momento.. o nosso país com o que mais se parece mesmo é com um enorme rancho folclórico, dançando o fandango em equilíbrio precário sobre uma rocha descarnada. Essa mesma rocha descarnada, d'onde d. Fuas ia caindo, não fosse a Virgem lhe deitar a mão, a tempo, às rédeas do cavalo.
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