sexta-feira, 28 de outubro de 2011

há países onde um burro não pode ser ministro

Sigamos o "Público".
Diz aqui: "Miguel Relvas vai avisando que há muitos países que só têm 12 vencimentos..." acrescentando-se em sub-título que o ministro dos assuntos parlamentares, em entrevista à TVI, não descartou a hipótese de prolongar o corte de subsídios de natal e férias. Citando o próprio ministro: "o que está em cima da mesa são dois anos, mas se tal não acontecer não deixaremos de assumir o nosso caminho." como se viu, o que acabou de ser dito não é rigorosamente o mesmo do que dizer-se que o corte nos subsídios irá para além dos dois anos, aliás e por isso mesmo é que o jornal diz que esta conclusão ficou subentendida na entrevista de Miguel Relvas à TVI.
Mas fixemo-nos no essencial da argumentação do ministro: Miguel Relvas vai avisando que há muitos países que só têm 12 vencimentos... tendo acrescentado, como exemplo, os casos da Holanda, da Noruega e da Inglaterra.
E pela mesma lógica de raciocínio poderemos também alegar que, por exemplo, em Inglaterra os automóveis têm o volante à direita, que na Holanda há cafés onde a venda de drogas leves se faz sem grandes constrangimentos e que na Noruega o nível de vida da população é francamente superior ao português.. mas também poderíamos dizer, sem faltar à verdade, que há países onde o ordenado mínimo é francamente superior a 500 euros por mês; que há países quem nem euro têm; países onde a moeda única é a única moeda que têm, ou seja, a própria, como por exemplo a própria Inglaterra; que há países onde quase nunca chove; há países que desconhecem os pastéis de bacalhau; há países onde a homossexualidade é punida com pena de morte; há países onde, quando alguém espirra, não se diz santinho, mas antes saúde, como na Alemanha: "Gesundheit!"...
Ora aí está! Haja saúde e bom fim de semana.

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